terça-feira, 24 de julho de 2012

SÃO FRANCISCO DO SUL : Extinta ação do Parque Acaraí


11 de julho de 2012. | N° 1551

Após cinco anos de briga, Justiça decide cadastrar e limitar moradores
Um acordo firmado entre o Ministério Público Federal e de SC com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) colocou fim na ação civil pública que tramitava desde 2007 sobre o Parque Acaraí, em São Francisco do Sul. Enquanto o Estado queria a desapropriação da área e a transformação da região em espaço de proteção ambiental, o MPF e MPSC pediam a manutenção do sustento das famílias com atividades extrativistas, como a pesca.

O termo de ajuste de conduta (TAC) assinado em fevereiro e aceito neste mês pela juíza Iolanda Volkmann, de São Francisco, colocou fim ao embate. Agora, uma série de regras deverá ser tomada para que as famílias permaneçam no parque.

O termo conta com oito cláusulas, que determinam o cadastramento dos moradores que exercem atividades extrativistas. Eles deverão aceitar o compromisso de garantir a continuidade das atividades de modo ecológico e sustentável por 20 anos. Os filhos deles terão o mesmo prazo para se beneficiarem do trabalho.

Apenas moradores tradicionais serão aceitos; quem se instalou recentemente terá de sair. Caberá à Fatma monitorar as atividades dos moradores. Ao fim do período de 20 anos, o Estado poderá admitir, ou não, que estas comunidades continuem.

No meio da disputa judicial, havia cerca de R$ 4 milhões pagos pela laminadora ArcelorMittal como compensação pela instalação da fábrica na cidade. A área no entorno de uma tubulação de 13 km que leva dejetos da fábrica para o mar foi contornada no mapa para ficar fora do parque. A Fatma tinha prazo para usar o dinheiro, e usou o argumento para tentar suspender a ação no início.

Outra empresa que mantém instalações dentro do parque é a Petrobras. A estatal tem uma monobóia que bombeia óleo, armazenado em tanques na Prainha. Mas as estruturas são anteriores à reserva, criada em setembro de 2005 por decreto estadual.
Fonte: Jornal A NOTÏCIA, 11 de julho de 2012. | N° 1551

Site do Poder Judiciário de Santa Catarina:
06/07/2012
Descrição: http://esaj.tjsc.jus.br/cpo/imagens/doc2.gif
Sentença - hom. acordo/transação (art.269,III,CPC) 
Havendo concordância do Ministério Público Federal (fl. 682/683) e do Estado de Santa Catarina (fl. 695), HOMOLOGO, por sentença, para que em direito surta seus jurídicos e legais efeitos, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público Estadual e a FATMA (fls. 671-673), e, em consequência, com fundamento no art. 269, III, do CPC, JULGO EXTINTO o presente feito, com resolução do mérito. Sem custas (art. 33, caput, e art. 35, h, do Regimento de Custas e Emolumentos do Estado de Santa Catarina). Defiro o pedido de exclusão do Ministério Público Federal do polo ativo da demanda (fl. 683). Procedam-se às devidas alterações no SAJ e na capa dos autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após, baixa e arquivo.
Fonte:  Site do Poder Judiciário de Santa Catarina, www.tj.sc.gov.br/processo 061.07.009145-6/000.


Parque Estadual Acaraí

Desenvolvimento turístico do Parque Acarai em pauta

[20/07/2010]
Na sexta-feira (16), o futuro do aproveitamento turístico do Parque do Acarai foi assunto principal em uma reunião de trabalho que visa criar uma estratégia geral de valorização deste espaço como fator de desenvolvimento regional. 

O encontro foi realizado pela FATMA, com o apoio da Secretaria Estadual de Turismo, da Equipe de Gestão do Parque do Acaraí, assim como pelo Instituto Biosphera, empresa esta responsável pelo desenvolvimento das atividades. 

Além do Parque Acaraí, mas nove Unidades de Conservação catarineneses estão contempladas nos estudos, os quais surgiram a partir da realização do evento do WTTC – World Travel & Tourism Council, no ano passado em Florianópolis, quando se identificou a necessidade de integrar as UC’s do estado no contexto turístico. Para tanto, foi criando um comitê estadual que traçará planos de gestão de cada unidade, que deverão subsidiar futuras políticas públicas de turismo. 

Nesta etapa dos trabalhos, estão sendo realizados encontros nos locais onde as unidades estão localizadas com o intuito de entender os anseios e intenções da sociedade civil organizada para com a utilização turística dos parques. 

Em São Francisco do Sul, estiveram presentes representantes das mais diferentes áreas, contribuindo significativamente com estas discussões que tanto representam ao desenvolvimento do turismo francisquense. 


Fonte: PMSFS - Assessoria de Imprensa / Ricardo Portelinha

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A BAÍA DE BABITONGA




A Baía Babitonga situa-se na foz do Canal do Palmital, junto a duas importantes cidades: Joinville e a ilha de São Francisco do Sul.
A Baía Babitonga já era habitada há mais de três mil anos por caçadores e coletores sambaquianos, os homens do sambaqui. No século XV e XVI se registra a ocupação da baía por grupos tupi-guarani, denominados Carijó, que há algumas centenas de anos antes se sobrepuseram culturalmente àqueles grupamentos sambaquianos ancestrais. Os Carijó por sua vez não resistiram a dominação européia com o início da ocupação portuguesa do litoral sul do Brasil. Sucumbiram pela escravização, guerras, por doenças e mesmo pela acultuação, desaparecendo como cultura autóctone antes do século XVII.
Na margem norte da baía está a localidade de Saí que em 1842 foi palco de uma experiências sociais pioneiras no mundo - o Falanstério do Saí - organizado pelo Dr. Benoît Jules Mure que se baseava nas doutrinas de Charles Fourier e que contava com colonizadores francêses.
 Às margens da baía, principalmente a norte, existem resquícios importantes da Mata Atlântica. A natureza exuberante faz desta região um reduto muito apreciado pelos turistas. Uma balsa faz a ligação da cidade de Joinville com a margem norte. Uma das localidade da margem norte é a Vila da Glória. Existem outras localidades às margens da baía.
Sobre o significado da palavra babitonga, encontramos algumas possibilidades no livro de Carlos da Costa Pereira, História de São Francisco do Sul (Editora da UFSC - 1984): "A denominação carijó da baía era Bepitanga ou outro termo parecido, de que Babitonga é uma corruptela. E sob esse nome - Bepitanga - aparece, pela primeira vez, que saibamos, no mapa do Paraguai feito pelos jesuítas - 1646 - 1949 - oferecido ao R. P. Vicente Carrafa, geral da Companhia de Jesus. Bapitonga, Bepitanga, Babytonga, como antes era grafado por diversos autores, dá margem a várias interpretações - filho de morcego: mbopi-tanga (Saint-Hilaire); cobra coral: mboy-pitang (José Boiteux); lugar contornado pelas águas: babaétoungá, modificado para ibabahétonga, de onde Babetonga, Ibabitonga (Cel. Tenório de Albuquerque, segundo informação prestada ao Dr. A. Taunay), podendo ainda, no parecer desse tupinólogo, significar lugar das pitangueiras. Finalmente Teodoro Sampaio (O Tupi na geografia nacional, 1928) define: "Babitonga, corr. bopitanga, alt. de mbopitanga, que quer dizer - assinala de vermelho, avermelhar. Pode proceder de Mbaé-pitanga, que vale dizer a vermelha. Nome dado a uma das barreiras vermelhas na costa de Santa Catarina"
 A Baía Babitonga apresenta um conjunto de 24 ilhas, abaixo relacionadas:
Ilha Alvarenga
Ilha dos Araújos de Dentro
Ilha dos Araújos de Fora
Ilha dos Araújos do Meio
Ilha do Baiacú
Ilha do Chico Pedro
Ilha das Claras
Ilha do Corisco
Ilha do Ferreira
Ilha das Flores (Santa Catarina)
Ilha Grande (Santa Catarina)
Ilha Guaraqueçaba
Ilha Itaguaçu
Ilha dos Herdeiros
Ilha Mandigituba
Ilha do Maracujá
Ilha do Mel
Ilha da Murta
Ilha dos Negros
Ilha do Pernambuco
Ilha Queimadas
Ilha do Quiriri
Ilha Redonda
Ilha da Rita

MANIFESTO BABITONGA


SOS Baía Babitonga
MANIFESTO BABITONGA
[07/05/2012]

Em 5 de maio de 2012, no evento RIO LIMPO, BABITONGA VIVA,em São Francisco do Sul - SC, dirigimos este manifesto ao Ministério de MeioAmbiente e ao ICMBIO, e pedimos o apoio do Governo do Estado de SantaCatarina , para que se concretize a criação de uma unidade de Conservaçãono estuário da Baía de Babitonga , que contorna os municípios de Garuva,Joinville, Araquari, São Francisco do Sul e Itapoá.




O ESTUÁRIO DA BAÍA DA BABITONGA É UM ECOSSISTEMA DE IMENSA IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA POR SUAS FUNÇÕES AMBIENTAIS COMO FONTE DE NUTRIENTES PARA AS ESPÉCIES MARINHAS E HABITAT PARA SUA REPRODUÇÃO. SUAS MARGENS SÃO COLONIZADAS POR BOSQUES DE MANGUEZAL (ÁREAS DEPRESERVAÇAO PERMANENTE - APPs), QUE CORRESPONDEM A 75% DE COBERTURA DESTE IMPORTANTE ECOSSISTEMA NO ESTADO. ESTAS CARACTERÍSTICAS CRIAM AS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS À CONCENTRAÇÃO DE DIVERSAS ESPÉCIES QUE GARANTEM A MANUTENÇÃO DA BIODIVERSIDADE NACIONAL. NESTA ÁREA OCORREM ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL E ECOLÓGICA, INCLUINDO ESPÉCIES  DA FAUNA BRASILEIRA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO (IN-MMA Nº 03de 28/05/2003), COMO É O CASO DAS TONINHAS (Pontoporia blainvillei), ALÉMDE ESPÉCIES QUE ESTÃO SOB PROTEÇÃO ESPECIAL (IN-MMA NO 05 DE 21/05/04), COMO É O CASO DOS MEROS (Epinephelus itajara), CAMARÕES (F. paulensis,F. brasiliensis E L. schimitti) E CARANGUEJOS (Ucides cordatus), E NA LISTACATARINENSE, O BOTO CINZA( SOTÁLIA). CONSIDERANDO O DIREITO DA POPULÇÃO AOS BENEFÍCIOS E REPARTIÇÃO DA BIODIVERSIDADE. EM FUNÇÃO DO EXPOSTO, VIMOS SOLICITAR A CRIAÇÃO IMEDIATA DE UMAUNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL PARA GARANTIR O EQUILIBRIO DESTE IMPORTANTE ECOSSISTEMA, E O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES PESQUEIRAS, TURÍSTICAS E DE LAZER NA BAÍA DE BABITONGA.
EM 5-05-2012 -- SÃO FRANCISCO DO SUL.